domingo, 16 de abril de 2017

Guilherme Augusto Araújo Fernandes - Mem Fox

Filhotinho, este livro foi indicação da minha professora de literatura. Nunca o tinha visto em nenhuma biblioteca, livraria ou sebo. Confesso que talvez nem abriria um livro com esse nome... Mas este livro é muito especial. Deve ser indicado, lido e relido em todas as oportunidades.

O livro conta a história de Guilherme Augusto Araújo Fernandes, um menino que mora ao lado de um asilo e é amigo de todos os idosos que ali vivem. Contudo, é a dona Antônia que lhe chama mais a atenção, pois ela tem 4 nomes como ele. Um dia, seus pais lhe falam que Dona Antônia perdeu a memória e ele quer saber o que é isso para poder ajudar sua amiga. Depois de perguntar aos velhinhos, ele recolhe algumas coisas em sua cesta e presenteia Dona Antônia que, aos poucos, vai lembrando de momentos marcantes de sua vida e do amigo querido que lhe faz companhia.
Texto lindo, rimado, delicado e sensível.
As ilustrações trazem leveza e um colorido especial para a história.

Perguntei a você o que responderia se o Guilherme Augusto lhe perguntasse o que seria memória. Você me disse que memória é aquilo que você tem dentro da cabeça, é sonhar acordado. Depois conversamos sobre nossas memórias mais queridas e você adormeceu. Bons sonhos, meu menino. Durma com a memória de nossos melhores momentos.

História: ****
Ilustrações: ****
Material do livro: ***
Momentos juntos: *****

"Guilherme Augusto Araújo Fernandes"
Autor: Mem Fox
Ilustrações: Julie Vivas
Tradutora: Gilda de Aquino
Editora: Brinque Book

Tema: Ética, saúde, conto, humanos, terceira idade, amizade, solidariedade.
Faixa etária: 4 anos.

sábado, 15 de abril de 2017

O coelho e a raposa - Judy Goldman

Filhotinho, pegamos este livro na biblioteca por ele conter uma história de coelho, sem ser de páscoa. Você queria muito saber de todos os coelhos do mundo este mês... rsrs.

Este livro é a adaptação de uma história do povo Kiliwa, tribo indígena da América Latina (Estado da Baixa Califórnia - México). Além da história, o livro traz a informação de que os Kiliwa são um povo ameaçado de extinção, sendo composto de, aproximadamente, 100 indígenas que sobrevivem da agricultura familiar, pesca e caça. 

O livro conta a história de uma raposa que vivia em um lugar muito árido e com pouca comida. Ela estava com muita fome e não queria comer gafanhotos, pois as perninhas do inseto ficavam presas em seus dentes... Eca! Um dia, ela encontra um coelho e decide devorá-lo, porém o coelho era muito esperto e consegue escapar das garras da raposa.

Você adorou a maneira como o coelho encontrou para escapar da raposa.
Depois você quis saber mais sobre os índios que contavam essa história e porque eles estavam "acabando". Confesso que algumas coisas são difíceis de explicar para você sem mostrar a crueldade do mundo... Contudo, nosso "pacto" é falarmos sempre a verdade, respeitando a sua idade e possibilidade de desenvolvimento... Assim, vamos tentando construir e reconstruir nossa identidade, posicionando-nos frente algumas coisas de mundo através da possibilidade que a literatura nos abre.

História: ***
Ilustrações: ***
Material do livro: ***
Momentos juntos: ****

"O coelho e a raposa"
Adaptador: Judy Goldman
Ilustração: Ricardo Peláez
Tradução: Graça Graúna
Editora: FTD
  • Temas abordados: Animais, Cultura kiliwa (povo indígena mexicano), Esperteza, Fome
  • Temas transversais: Pluralidade cultural
  • Genero Literário: Conto indígena

A velhinha que dava nome às coisas - Cynthia Rylant

Lindo! Lindo! LINDO!
Que livro lindo!
Tão simples e tão significativo...
Acertou meu coração em cheio e trouxe para você, filhote, algumas nuances de sentimento que, talvez, você ainda não consiga dimensionar...
O livro conta a história de uma senhorinha que, em razão da morte de seus amigos e parentes, ficou muito sozinha e começou a dar nome às coisas que pudessem sobreviver a ela. Chamou a sua casa de Glória, seu carro de Beto, sua poltrona de Frida. Um dia, apareceu em sua casa um cachorrinho marrom e ela o alimentou, mas mandou-o embora. Porém, o cachorrinho teimava em voltar e ela foi se afeiçoando a ele sem lhe dar um nome, nitidamente com medo de passar pelo processo de perda novamente. Passado algum tempo, o cachorrinho não apareceu e ela toma uma atitude que a libera de sua solidão. Sortudo ganha um lar e a velhinha uma companhia amorosa.
Sua história, apesar de falar de medo da solidão, é leve e rica em afeto. Adoramos o texto e as ilustrações que dão um toque de nostalgia ao livro.
Livro para ler e reler muitas vezes.

História: *****
Ilustrações: *****
Material do livro: ****
Momentos juntos: *****

"A velinha que dava nome às coisas"
Autora: Cynthia Rylant
Ilustração: Kathryn Brown
Tradução: Gilda de Aquino
Editora: Brinque-Book



A aposta - Tatiana Belinky

Transposição, em versos, de uma fábula russa de Leon Tolstoy Filhote, conseguimos tempo para irmos à biblioteca, lugar que adoramos esta...